Localização do monumento de Jorge Amado e Zélia é inadequada
Com a movimentação dos carros o monumento perde a visibilidade |
Constantemente, como todos os moradores do Rio Vermelho, o bairro, primeiramente, dos artistas e depois da boemia, e por aí vai, passo pelo Largo de Santana, esse é o nome oficial da praça da igrejinha antiga, e vejo aquele monumento em homenagem merecida ao grande escritor Jorge Amado e Zélia Gattai, também ela escritora. Já me habituei com ele, que não pode fazer falta na paisagem. Mas a sua visibilidade precisa melhorar. O casal está escondido!
Como morador, acrescento, antigo morador, desejo externar uma opinião.
Com o passar do tempo e tendo observado diversas situações, passei a achar que a localização atual é inadequada. Como a opinião é livre, posso, sem constrangimento, externá-la, mesmo sabendo que outras pessoas, democrática ou teimosamente, discordarão dela.
Não importa! Tem gente por aí dizendo pérolas, sem vitimar ninguém... Então, eu também posso!
O que tenho visto? Se a intenção foi colocar o Jorge e a D.Zélia de frente para o mar, imortalizados em figuras de bronze, para apreciar a beleza do nosso mar azul até o horizonte, o nosso céu limpo, até mesmo a revoada das gaivotas, e também para serem vistos, a movimentação do local não permite e explico o porquê. À noite, com a movimentação do largo, ela a estátua (ou monumento?), perde visibilidade ou é maltratada, por bebuns que não sabem o que estão fazendo ou fazem, e de propósito. Já foi encontrada até uma pessoa deitada sobre o colo das figuras. Outras pessoas, digo bebuns, até urinam ao pé da obra em flagrante desrespeito às memórias dos homenageados.
De dia, a coisa muda! Além do estacionamento em paralelo junto ao meio fio, de veículos, chegam os enormes caminhões para a reporem a bebida que foi consumida na véspera, o que bloqueia a visão do oceano, fato que ocorre a semana inteirinha . A homenagem nem de dia nem à noite tem visibilidade alguma para quem trafega pela pista de asfalto da rua da Paciência. Que vem da Mariquita no sentido Av.Oceânica, passa direto sem ver coisa alguma. Quem vem da Av.Oceânica no sentido Mariquita também não vê por causa do tráfego e dos carros estacionados ao longo do meio-fio. Para aumentar a visibilidade, até que a obra poderia ser iluminada à noite.
Na minha visão, a homenagem merece ser posicionada em local que lhe dê maior visibilidade.
Afinal, foi para que o público veja, que ela foi pensada!
Há, em Santana, uma posição que eu acho que pode muito bem atender a esta finalidade onde, de maneira alguma , poderá acontecer o que ocorre agora. É aquela área na entrada do estacionamento em frente a banca de revista. Aproveitando que brevemente teremos a requalificação da orla do Rio Vermelho, acho que a oportunidade é esta e ainda sugiro que o trabalho seja um pouco mais exposto e elevado do nível do passeio, talvez , uns 40 ou cinqüenta centímetros. Enfim é assunto para arquiteto, mas, para permitir que uma ou duas pessoas possam se fazer fotografar ao lado de Jorge, Zélia e o cãozinho, bastariam um ou dois degraus na lateral para elas subirem.
Nesse local o monumento ficará bem mais visível |
Esta é a minha opinião, que passo adiante com a única intenção de colaborar e melhorar apresentação da homenagem que o bairro fez ao seu também morador ilustre, por sinal, meu vizinho, durante algumas épocas dos anos, que não tem razão alguma para ficar escondida.
Quem sabe, surgirá ali um ponto em que turistas pararão para serem fotografados junto aos três, levando uma bela lembrança do Rio Vermelho?
Aposto como vai acontecer! Aqui fica o meu pensamento e essa é, portanto a minha opinião de morador antigo do bairro, pois aqui vivi até hoje, desde a minha tenra infância, e também de admirador dos homenageados, que precisam aparecer mais.