quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Natal de segunda mão


Natal de segunda mão por Reinhard Lackinger

cada ano, mais e mais pessoas desabafam comigo, dizendo não gostar do Natal.

Não, isso não tem nada a ver com a minha afirmação maluca de nós baianos termos talent apenas para o carnaval!

O assunto desta vez é sério!

Será que não existe para nós baianos e habitantes de uma linda região tropical pelo menos um motivo forte para não
gostar do Natal?
Será que no íntimo a gente não ache toda essa muvuca natalina com neve de algodão, Papai Noel fantasiado de
esquimó, pinheirinhos e pinheirões enfeitados, presépio e tudo uma tremenda presepada?

Será que o nosso natal não é assim, um tanto estranho, vendo "Papais Noeis" suando em bicas em meio a um cenário
quase alienígena, porque o mercado, o comércio inteiro nos vendeu essa idéia doida só para lucrar horrores?

Um dia, a gente foi induzido a aderir e a assumir um costume com todos os adereços e interesses de países ricos do
hemisfério norte, onde nessa época faz um frio de lascar.
Embarcamos nessa maluquice só para brincarmos de primeiro mundo?
Olhando agora mesmo para lugares como Gramado,RS, a gente pode achar que sim!

Quem ganhou com a loucura de transformar nosso lindo habitat tropical numa caricatura da Europa e dos EUA?
O comércio e todos que faturam alto nesta época, ganhando fortunas e imensos rios de dinheiro com uma festa...
...com um costume de "segunda mão"!

Que tal a gente criar um movimento para mudar a cara do Natal?
Que tal a gente ir buscar os costumes diretamente na fonte e na região onde Jesus nasceu?

A cozinha judaica tem acepipes deliciosos. Principalmente os doces. Além disso adoraria comer potes e mais
potes de azeitonas pretas bem madurinhas... entre um quibe crú com bem cebola, folhas de hortelã, encharcado com
um bom azeite e pão árabe... e uns charutinhos de folha de parreira, à beira de uns copos de vinho!!!
A gente penduraria umas lâmpadas ( monocromáticas ) nas palmeirinhas e palmeironas, nos coqueiros e nos coqueirinhos
e a decoração de natal estaria pronta e perfeita, enquanto o Papai Noel distribuiria presentes vestindo apenas algo
parecido com um camisolão.

Ou poderíamos deixar o Santa Claus no dia dele e em 06 de dezembro, como é na Áustria, onde quem traz os presentes
é o próprio menino Jesus.

Pois é... na Áustria, o Papai Noel não existe!!! Pelo menos não existia na minha época e há 40 anos atrás.
É capaz do comércio de lá ter achado conveniente ter também um Papai Noel, como nós temos halloween... :-(

Que tal a gente criar um movimento para assumir um Natal Tropical?
Quem sabe, muitas daquelas pessoas aqui em Salvador, que têm me dito não gostarem de Natal, voltariam a achar graça
na festa que comemora o nascimento de Jesus, nosso salvador.

Sei que isso seria uma empreitada dificil, uma missão quase impossível... porém bem mais fácil do que tirar o carnaval
da Barra e da Ondina - evento mais lucrativo do que o comércio de natal, dia das mães, dia das crianças e outros eventos
tipo "caça-níquel" juntos - , mandando toda muvuca barulhenta para longe da Barra e para outro lugar bem mais apropriado...
...Falando nisso...ouvi dizer que investidores baianos e estrangeiros estão pensando em revitalizar a Ladeira da Montanha,
a Conceição, o Julião...

Feliz Natal Tropical

Reinhard e Maria Alice Lackinger
os taverneiros do Bistrô PortoSol

Publicação autorizada pelo autor


domingo, 13 de dezembro de 2009

Salvador não é mais uma cidadezinha - cadê o espaço ?










Até quando essa bagunça vai continuar?


A Superintendência de Trânsito e Transportes de Salvador ( Transalvador ) anunciou alterações na circulação e estacionamento de veículos nos bairros Ondina e Barra, no sábado (12), das 8h às 24h, devido à realização da “Marcha Para Jesus”, promovida pela Ordem dos Ministros Evangélicos do Brasil.

Felizmente, até onde averiguamos, no período da manhã , não houve a interdição da Av.Adhemar de Barros, muito menos a da Av. Oceânica. Um dos nossos colaboradores fez o trajeto Rio Vermelho, Av. Centenário pela Av. Oceânica totalmente liberada às 9 h da manhã. Voltou pela mesma via, tendo subido num ônibus do ponto do Shopping Barra e entrado a citada avenida bem ali na sinaleira que ficam em frente ao Morro do Cristo. Não aconteceu nada do que foi anunciado! O evento, na verdade, somente aconteceu no período da tarde.
Será que dá para entender? Como se anuncia modificações tão drásticas e, em um período e de repente, nada acontece. Ainda bem que os transtornos gerados com a “Marcha”, aconteceram das 14h até a meia-noite. Mas tudo isto dá para pensar de que maneira descuidada são feitas as coisas por aqui...
Há poucos dias, justamente no horário de pico ( 19 horas ) de um dia de semana, a Transalvador deu cobertura à uma procissão no Rio Vermelho , ocasionando um senhor engarrafamento. No último dia 25, interditou a Oceânica para uma corrida.
No domingo, seis de dezembro, a Prefeitura , disponibilizou a área do estacionamento da Praça do SOL, bem em frente ao Instituto de Reabilitação para uma empresa demonstrar o seu produto, um veículo chamado Spyder , nada mais que um triciclo motorizado que custa a bagatela de 74 mil reais . Nesse dia os banhistas , tiveram que se virar para encontrar estacionamento em outros locais ou, simplesmente, desistirem do banho de bar.
Será que a Prefeitura ainda não percebeu que Salvador não comporta mais certas manifestações de rua ? Não somos, contra as manifestações, muito menos as religiosas, que respeitamos, o problema é que não se pode despir um santo para vestir outro. Prejudicar toda a população para dar espaço a apenas a um grupo que quer elevar a sua voz. Que se encontrem locais adequados a cada tipo de manifestação. Outra coisa que tem que terminar, é a ocupação da Barra pelo que um bom amigo meu chama de “muvuqueiros” Aqueles palcos gigantes em frente ao Farol da Barra são uma aberração e um suplício para os moradores do bairro de IPTU mais caro da cidade.
É preciso mudar o conceito das coisas. Como tudo muda o tempo todo, os gestores da cidade precisam usar a cabeça e não podem e não devem se esquecer que Salvador já deve estar com uma população acima dos 3 milhões de almas. Não é uma cidadezinha do interior...

sábado, 12 de dezembro de 2009

Os coqueiros da nossa orla estão abandonados à própria sorte







A colagem de fotos ao lado mostra a coluna que sustenta a figura do Cristo da Barra , com as quatro placas que faltavam. Embora novas e reluzentes, contrastando com as antigas que não foram substituídas, melhor do que nada...

As outras imagens , mostram o fim que levaram três mudas transplantadas pela Prefeitura na pracinha recentemente inagurada ao lado da Igreja de Santana, no Rio Vermelho.


Uma amiga minha , como muitas outras pessoas, preocupada com as coisas da cidade, que anda sofrendo de um abandono violento nesta segunda gestão do prefeito JH , me mandou um mail, perguntando: Sarnelli, você viu que, aproveitando a colocação da árvore de Natal no Morro do Cristo, colocaram as quatro placas de mármore negro que estavam faltando na coluna sobre a qual está a estátua do Cristo ? Expliquei que tinha visto, agradeci e informei que aquilo tinha sido o fim de uma luta de, pelo menos, dois anos ...

O que será que tem a ver o Cristo da Barra com os coqueiros da nossa orla ? A mesma doença , falta de atenção e cuidados dos nossos gestores...

Ao responder-lhe, por minha vez, eu perguntei: amiga, você percebeu a qualidade de mudas de coqueiros que a prefeitura transplantou na nossa orla, da Barra a Itapoã ? Querendo me referir à saúde delas , mudas que nunca crescerão , que nunca serão coqueiros , muitas das quais já morreram . Neste passo, dentro de alguns poucos anos, uma das características mais marcantes das nossas praias, desaparecerá, uma vez que a maioria , aquela que ainda resiste, está velha e em fim de vida.

Eu insisto no assunto , denunciando a situação ,e não é a primeira vez , na esperança de que algum responsável pelo setor veja a postagem e resolva tomar alguma providência, pois os coqueiros são também um cartão postal da nossa querida e linda Salvador. Não podem, em hipótese alguma, desaparecer do cenário...

Para vocês , o resposta que recebi via mail , reproduzida na íntegra :

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Não apenas venho notando, bem como também observo que o coqueiral que existia até uns anos atrás em Stella Maris, na continuidade de Itapoã, está cada vez mais raquítico, derrubado por construções de condomínios e hotéis em áreas de Marinha, e também utilizados como depósitos de entulhos etc.

E as barracas de praia entre Piatã e Stella, que foram transformadas em favelas, continuam as mesmas: o Exterminador do Futuro de Salvador disse que iria derrubá-las e providenciar alternativas para não prejudicar os barraqueiros mas nada fez até agora. Piatã era linda e está uma vergonha.

Quanto à Stella você nem imagina o estado de abandono, sujeira e insegurança...

Nem a perspectiva de eleições no próximo ano motiva os incompetentes pelo menos a disfarçar montando cenários como sempre se costuma fazer em Salvador. E olha que aqui no bairro moram vários abutres da maioria das Secretarias.


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Coitada de Salvador !...


Sarnelli, em 11.12.2009


quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

A estátua do Christo Salvador , no morro da Barra




Finalmente, a coluna de sustentação da estátua do Christo Salvador, instalado sobre o cume do morro na Barra , recebeu as quatro placas de mármore negro que estavam faltando. Podia ser melhor, mas, como está, não fica tão feio. Para quem não sabe, esta estátua , esculpida em mármore de Carrara pelo escultor italiano Pasquale De Chirico , que morou 40 anos em Salvador, inaugurada em 24.12.1920 , é quase 11 anos mais velha do que aquela do Cristo Redentor do Corcovado.
Posted by Picasa

domingo, 6 de dezembro de 2009

Ida e volta à Mata de São João, via Plataforma




Acordei com o firme propósito de escrever algo lembrando a minha infância, e, a primeira idéia que me veio à cabeça é a que estou aproveitando...

Está no título e vou contar para vocês o que nós fazíamos naqueles anos do final da década de 30, início da de quarenta, do século passado.

O meu avô tinha uma casinha em Mata de São João onde também a minha avó , estou falando dos avós maternos, tinha uma dela. Cada um tinha a sua...

Assim, sempre que era possível , íamos à Mata eu e o Pasquale . A viagem começava com uma caminhada até o ponto do bonde, no passeio do armazém do espanhol , Seu Apolinário. Para ir, era preciso ir de trem, que tinha até um apelido. Era o “ pirulito”, e saía da estação de Calçada às 5 da tarde. Mas eu não entrava nessa de ir pegar o trem na central da Calçada. Eu tinha que ir pegá-lo em Plataforma! Meu avô , com santa paciência , sempre me contentou. Isto significa dizer que nós pegávamos um bonde no Rio Vermelho para ir até a praça Municipal, descíamos o elevador Lacerda, e pegávamos outro bonde ( era, evidentemente, época de bondes, mas , já elétricos ) na praça Cayru, para a Ribeira, para, daí, tomarmos uma canoa, sim, canoa mesmo ,para atravessarmos o braço de mar conhecido como porto dos tainheiros e íamos para o outro lado esperar o trem ...Claro que era uma viagem que levava tempo, mas não era nada desagradável. Os bondes eram abertos e eu, naqueles idos, não sentia o calor do qual o meu avô, discretamente, de vez em quando reclamava...

Acomodados no Pirulito , começava a outra parte da nossa viagem e só íamos chegar em Mata já noite escura, umas duas horas depois. Eu acompanhava da janela os fios do telegrafo que seguiam paralelos à linha do trem . De vez em quando, parávamos em alguma estação, mas não demorávamos. Priiimmm , era o apito do chefe do trem que autorizava a partida e puf,puf,puf, o barulho da locomotiva saindo e aumentando a velocidade enquanto jogava no ar uma fumaça preta da lenha queimada e transformada em carvão e brasa. Muitas vezes, a fumaça entrava pela minha janela e os olhos ardiam ou, até mesmo, uma fagulha lançada pela chaminé, me atingia num olho e o meu avô , pacientemente o limpava...Enquanto o tempo passava e a noite começava a chegar, vinha a sonolência e eu acabava dormindo para ser acordado já na estação de Mata de São João. Tínhamos que caminhar um pedaço para ir para casa , à luz de lampiões fedorentos que funcionavam a carbureto ou, então, nada de lampiões , bastava a luz da lua cheia para nos mostrar o caminho de casa . Uma delícia, caminhar sob o luar e olhar para o céu apinhado de estrelas.

Sempre ficávamos alguns dias por lá e eu adorava passar o sábado e o domingo porque no sábado havia aquela feira tradicional de cidades do interior. Durante a semana você não via ninguém, mas, no sábado , aparecia tanta gente que não sabia de onde tinha saído. No domingo, ainda tinha um restinho...

A volta, é a mesma história, contada ao inverso . Eu estava me esquecendo de falar dos túneis que encontrávamos no caminho. Quando entrávamos em um deles , a fumaça da Maria fumaça retida em cada um deles, invadia os vagões e todos os passageiros tinham a sua dose, além de ficarem com os olhos ardendo, evidentemente. Alguns deles, costumavam viajar usando guarda-pós... A torcida, agora, era chegar à Plataforma, para pegar a canoa de volta para casa. Melhor explicando, a canoa, era, apenas, a segunda etapa do retorno...

Já me perguntaram porque falo sempre do meu avô. Não dá para esquecer a nossa amizade e mesmo porque, morando em Salvador, eu me encontro constantemente com ele. Se vou à Barra , vejo o Christo Salvador, esculpido por ele . Se vou à praça de São Pedro, vejo o relógio (base) e a estátua do Barão do Rio Branco. Se vou à praça da Sé, passo pelo monumento a Castro Alves. Se ando pelo Centro histórico , passo por diversas obras suas. Se entro no Palácio Rio Branco, só ali tem quatro trabalhos do Pasquale. Se desço o Lacerda, vou sair na Praça Cayru, onde o monumento à figura ilustre foi obra de sua autoria. Vivendo numa cidade como Salvador, cheia de obras dele, não dá para esquecer o velhinho conhecido como “ Professor Pasquale “. Não o Professor Pasquale, fera na língua portuguêsa, mas a fera nas artes da escultura e do desenho, que foi professor da Escola de Belas artes durante 40 anos, até a sua morte em 1943.

Ele morou o tempo todo aqui no Rio Vermelho , foi o pioneiro dos artistas no bairro , ali na Av. que antigamente era Getúlio Vargas e agora é ,simplesmente ,conhecida como avenida Oceânica. Hoje, o seu endereço seria “ Rua da Sereia “ , quase na Ondina.

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Sarnelli 06.12.2009




A gare de Calçada

sábado, 5 de dezembro de 2009

A prainha nota 10 do Rio Vermelho












Quem chega ao fim da av.Oceânica que eu conheci nos meus tempos de criança como av. Getúlio Vargas , não percebe que está passando por uma prainha única em Salvador. A Av. Oceânica, começa na Barra em frente ao farol e termina na rua da Paciência, bem ali onde há uma balaustrada com alguns obeliscos , tudo projetado , bem possivelmente, por algum arquiteto francês...A balaustrada e os obeliscos já estavam no lugar em que estão, desde que eu me entendo por gente...

Hoje é uma das praia mais tranqüilas da nossa orla, embora as águas mereçam respeito em certas ocasiões, porém há nela um serviço de praia de muito boa qualidade prestado por uma casal que conserva o local rigorosamente limpo e arrumado e você pode estar tranqüilamente instalado junto à uma mesa e sentado sob um guarda-sol de praia, tomando a sua loirinha gelada ou curtindo um belo banho de mar. Ouvi dizer que uma turma de estrangeiros frequenta a praia todas as tardes jogando voley. É uma praia agradável e tranqüila, embora pequena, que merece ser curtida. Na verdade, na prática, poucas pessoas têm dado importância a uma das praias que é uma das melhores da orla de Salvador. Pensando bem, até que é bom que seja assim mesmo para que não haja um aumento de freqüência que estrague a sua característica. Uma delas, evidentemente, é a limpeza exemplar mantida pelo casal que explora os serviços da barraca da praia e o mar, quando está calmo, uma delícia !


Sarnelli, em 05.12.2009


domingo, 29 de novembro de 2009

Os coqueirinhos da nossa bela orla marítima




Estas três mudas são irmãs de algumas centenas de outras que foram transplantadas não sei de onde, para a nossa orla, da Barra à Itapoã. Estas, como as outras, nunca chegarão a ser coqueiros e a embelezar a nossa orla, uma das características da cidade, que não podemos dispensar. Estão necessitando ser substituídas porque não estão com boa saúde.

Espero que o pessoal responsável adote providências, porque, além de as mudas demorarem muito para crescerem , os coqueiros que temos na orla, boa parte ,são velhos e praticamente em fim de vida. Vamos deixar que a cidade se descaracterize ?

sábado, 28 de novembro de 2009

A luta pelo verde - As gameleiras gêmeas












Como elas ficaram após a suspensão
da " poda" cujo final seria a erradicação total. Pelo menos, provisoriamente , pensamos que elas estejam salvas...


Já esperneei por causa de gente incompetente e ignorante que faz a poda das árvores nesta cidade!

É PODA! exclamei naquela época.

Agora, depois de colocarem aqueles postes de luz altíssimos em vias públicas, perceberam que não estavam iluminando as ruas, muito menos os passeios e sim a parte de cima das copas das árvores. Que inteligência estonteante! Parabéns Prefeito!

Mentes brilhantes da administração pública logo acharam a solução para que chegasse a luz até o passeio, até a rua, afastando quaisquer perigos... Fizeram o que? Podaram as árvores, rapelando as copas de árvores frondosas!

É PODA!!

Cadê os nossos ambientalistas chapa branca para coibir essas sandices???

Já não basta que a prefeitura, em vez de isolar os cabos que passam perto de galhos de árvores - como é feito em outras cidades da união - passem o facão, a moto-serra ? Essa gente sem noção atende a qualquer cidadão idiota que pede para cortar um galhão ou uma árvore inteira, não mostrando nenhuma pena com o nosso verde.

O resultado são copas de árvores desfiguradas escandalosamente. Uma vergonha!!!

Pudera, essa gente que faz a poda por aqui não mora na Barra, nem na Ondina, nem em outro bairro nobre de IPTU caro.

Dá vontade de cortar o pinto desses ignorantes!

e tenho dito

Reinhard Lackinger pagador de IPTU caro de bairro nobre, indignadíssimo!!!

Publicação autorizada pelo autor -







sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Solução prática para os mictórios a céu aberto de Salvador



Solução simples para os mictórios de Salvador !


Na manhã de 20 deste, desembarquei no meu ponto de ônibus e comecei a subir a primeira rampa para atravessar a passarela que deveria me levar ao shopping Barra , senti um forte odor de urina !...As duas bases das rampas em frente ao shopping, aquelas que têm início ou fim nos pontos de ônibus, servem, há muito, de mictório público a céu aberto . A terceira base , continua preservada e limpa, naturalmente, somente porque posa na área de propriedade do shopping e ali, além de ninguém se atrever, há fiscalização.
O que mais me intrigou , foi a solução encontrada pela prefeitura! No lugar de construir sanitários públicos conservados por equipes , mesmo que a pagamento, resolveu o problema lavando as áreas com bastante água e detergente perfumado...prática que adotou para as escadas do porto da Barra , para as praias do farol...e outras da orla.
É o mesmo que admitir que a coisa está certa e dizer: podem usar à vontade. Nós voltaremos para lavar. Enquanto isso, enche-se a cidade de placas vistosas anunciando serviços que não se vêem...


É o caso de lembrar o saudoso Mangabeira. Pense no inusitado , que na Bahia já aconteceu. Se não aconteceu, certamente vai acontecer!



Não é que ele estava certo ? Esta manhã , hoje é dia 27 de novembro, quando fui ao shopping , lá estava o carro-tanque cumprindo a sua missão .


Sarnelli 27.11.2009

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Você não vai acreditar !










Acontecem coisas que mesmo contadas por pessoas que merecem crédito irrestrito, não parecem verdade !


Vejam o que aconteceu esta manhã : estava virando a esquina da rua Ilhéus com Vieira Lopes, quando um amigo, saindo de casa , me disse:Bartôlo ( sim, com o acento ^), eu fui levar o meu lixo até o latão e, sabe o que aconteceu ? derramaram todo o conteúdo na pracinha, e levaram o container embora...

Confesso que não acreditei, embora tenhamos nos criado juntos e nos conheçamos há mais de 70 anos. Fui conferir ... A prova do fato, está na foto.

A pracinha, é aquela que fica na avenida Juracy Magalhães Jr , em frente à rua Joazeiro e no sentido Embasa , sinaleira da Cons. Pedro Luiz , em frente daquela casa que está com o passeio de pedras portuguesas totalmente destruido...

Pense em algo inusitado que, se não aconteceu ainda, está por acontecer ( Otávio Mangabeira ).




sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Contra o mosquito da dengue - obrigação de todos


Não dê colher de chá para o mosquito da Dengue

Por Sarnelli
Nesta primavera quente, com o verão que se aproxima, prometendo muito calor , é hora de redobrar os cuidados e combater efetivamente a dengue, que pode causar maiores danos ainda do que os que nos tem causado. Infelizmente , estamos sendo os campeões e batendo,vergonhosamente o recorde nacional, permitindo a reprodução dos mosquitos perigosos. E não se diga que é por falta de informação. A TV fala toda hora, a cidade está cheia de cartazes como o da foto e o problema não é só dos governos. É de cada um de nós. Afinal, o poder público não pode ser culpado de tudo. Cada um tem que fazer a sua parte; No combate a dengue, é fundamental a participação de todos . Não é por falta de informação que vamos deixar de fazer o que é preciso ser feito. Não deixe água parada no seu quintal em vasos e garrafas, cuidado com os pratinhos das suas plantas e recipientes de coleta de água de chuva e conservação de água, descobertos. Cuidados com tampas de tanques rachadas . Até tampinhas de refrigerantes jogadas no quintal, são um perigo ...Enfim, use a cabeça para descobrir e eliminar pontos onde os mosquitos poderão desovar e reproduzir. Certamente que, com os cuidados necessários, poderá se evitar uma entrada no hospital ou coisa pior...

O lixo também é ambiente favorável aos mosquitos . Cuide bem do seu. Não o jogue em terrenos baldios. Fiscalize e oriente os seus vizinhos e torne-se, voluntariamente,um " agente de saúde , no combate à dengue "

Entre nessa guerra ...


quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Pasquale De Chirico , o escultor da Bahia









O pioneiro dos artistas no Rio Vermelho



O Rio Vermelho é considerado o bairro dos artistas e da boemia, o mais famoso de Salvador. Muitos artistas de renome já passaram por aqui. A relação é grande, mas, indubitavelmente o pioneiro , aquele que primeiro fixou residência no bairro, foi o Pasquale de Chirico, escultor italiano que deixou muitas obras em Salvador, todas elas conhecidas, como o Cristo da Barra, a estátua de Castro Alves, do Barão do Rio Branco, do Visconde de Cairu, Pedro IIº e outros tantos, dos quais ressaltam as obras realizadas na antiga faculdade de Medicina da Bahia, no Terreiro de Jesus, infelizmente, praticamente perdidas, por falta de manutenção, o que é lamentável. Pasquale, o primeiro artista que estabeleceu residência no Rio Vermelho, deixou muitas outras obras importantes espalhadas pela cidade.

O mais atual e famoso, no entanto, foi o escritor Jorge Amado, morador do Parque Cruz Aguiar , à rua Alagoinhas 33, pode-se dizer que meu vizinho!

Além deles, pode-se citar Floriano Teixeira, artista plástico maranhense, que lançou a poita da sua jangada na rua Ilhéus, fixando-se também ele no Parque Cruz Aguiar, bairro onde tantos outros artistas também tiveram presença. Jenner Augusto, morou na Odilon Santos e depois na antiga rua das Palmeiras, atual Bartolomeu de Gusmão, Tati Moreno, também não deixou de passar por aqui e muito menos o escultor Mario Cravo, que morou e teve ateliê numa ponta da rua das Palmeiras, por onde hoje passa a Garibaldi. Pois é, o Rio Vermelho é mesmo dos artistas e por ele não deixaram de passar a cantora Gal Costa nem o cantor, poeta Caetano Veloso e também Carlinhos Brown, que reside numa das praias do bairro. E a fama do Rio Vermelho não fica somente por conta das presenças ilustres, muitas das quais não nomeei por desconhecer o tamanho da relação. No entanto, seria um pecado esquecer que o saudoso Caribé que tão bem representou a Bahia com a sua obra, foi um ilustre morador. Mas, o Rio Vermelho é famoso porque nasceu mesmo para ser famoso desde o começo, quando Caramuru apareceu por aqui. É o Rio Vermelho das baianas famosas do acarajé, da maior festa do mundo em louvor a Yemanjá, que acontece todos os anos no dia 2 de fevereiro e, também sede da boemia na cidade, pois tudo acontece aqui, a partir do fim das tardes e começo das noites, indo até a madrugada. É o Rio Vermelho dos Universitários e ainda o bairro que mais está atraindo estabelecimentos de lazer e onde, conseqüentemente, se reúne boa parte da população carente de um pouco de lazer. O Rio Vermelho que Pasquale , o escultor da Bahia, segundo o jornalista Carlos Chiacchio, descobriu para morar e curtir a sua tranqüilidade, claro que já não é mais o mesmo e sim muito agitado.

Isto foi no século passado, pois ele foi embora no dia 31 de março de 1943 quando aqui morava pouca gente e atraía veranistas que vinham da cidade, imaginem, da cidade, tomar banho de sal, ou seja, de mar! Pois é, Pasquale, o mesmo escultor que criou o Cristo da Barra e o monumento à Castro Alves foi mesmo o pioneiro dos artistas no Rio Vermelho. Construiu a sua casa ali onde hoje é o restaurante Sukyaky em terreno que, na época, floriam rosas no jardim da sua casa!

Sarnelli, 2.11.2009


quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Ainda sobre o casarão & outras mazelas do Parque






Sobre o casarão do Largo de Santana

( citando uma observação de Pino )

Houve momentos de alegria quando se soube que os estrangeiros haviam comprado o imóvel, pois a notícia que rolou foi a de que ali seria instalada uma bela pousada , que produziria dois efeitos imediatos . Traria mais turistas para o bairro e resolveria de vez o problema do próprio edifício , que precisa ser conservado como parte da história do Rio Vermelho. Fui informado, por fonte idônea , que as obras haviam sido iniciadas internamente . Na verdade, eu mesmo vi muito entulho ser retirado do imóvel , através do sistema canaleta caindo dentro das caçambas dos caminhões, vi operários e conferi quando demoliram o que restava de uma varanda que só continuava no em pé por estar escorada .

Infelizmente , veio a tal crise econômica que mandou a vaca para o brejo. O pessoal , ainda conforme informações que coletei, tinha a grana aplicada na Bolsa em Nova York...

Tá na cara que a Prefeitura não vai fazer coisa alguma por conta própria , do mesmo jeito que deixou até hoje o famoso “ balança mas não cai “ da rua Feira de Santana, onde eu moro, no estado que aparece na foto que ilustra esta postagem, uma vergonha , que já dura, no mínimo , 40 anos !... Se os outros não fizeram, por que este prefeito irá fazer ?

A hora é outra: o pessoal já anda muito ocupado com as articulações políticas relativas às eleições de 2010. Nem sei se o nosso Prefeito cumprirá o seu segundo mandato. Tenho a impressão de que vai deixar a prefeitura nas mãos do vice, o que não seria nada mau, e tentar uma cadeira no senado, onde a coisa é mais suave e , então, estaríamos livres dele... Maravilha !

Vejam só: ( do Blog...)

...Foi o que informou o titular da Secretaria Municipal de Serviços Públicos (Sesp), Fábio Mota. Apesar do otimismo, o secretário diz que ainda está em busca de empresas para a Parceria Público Privada (PPP) para viabilizar a obra. Com previsão de início para agosto deste ano,a obra atrasou por conta do tempo necessário para a liberação das licenças pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e pela Gerência de Patrimônio da União na Bahia (GRPU-BA), que saiu em quatro meses, explicou Mota .

Reproduzi trecho de uma postagem deste mesmo blog onde se vê , com clareza , que a Prefeitura pode ter tudo para realizar a obra do memorial, mas não tem o principal. A Grana! A meu ver, há coisas urgentes e mais importantes a serem resolvidas, como, por exemplo , o tráfego e o seu constante engarrafamento durante todas as horas do dia ...

Não , não acredito que a prefeitura faça mais nada ! Até hoje não resolveu o problema daquele sanitário a céu aberto no terminal de ônibus da Praça da Sé, entre as ruas Chile e Misericórdia . Continua lá para servir aos turistas que nos visitam...O que você vê por aí é um festival de placas pagas com o nosso dinheiro, anunciando obras onde, raramente , se vê alguns operários, mas, máquinas mesmo , só na imaginação ! Para mim, isto já é campanha , e nem se fala do “centimetrôzinho “ – com certeza vão falar dele na hora apropriada...

Sarnelli

03.11.2010


domingo, 1 de novembro de 2009

Conversa de Sarnelli com Pino - Troca de mails






Família Taboada no Rio Vermelho .





Pino, você colocou esta postagem no blog e, sobre ela, eu quero acrescentar alguma coisa .

Blogger


PINO disse...

Nesse sobrado - que autoridades estão esperando cair na cabeça de alguem para depois tomar alguma providência - moraram vários moradores ilustres sendo o principal deles CARIBÉ que alí residiu, com sua família, na década de 50. No andar térreo funcionaram vários comércios: Confeitaria Oceânica, Pastelaria Avenida, Pastelaria Alvorada e por fim a Padaria River (misto de padaria e bar) que pertencia ao espanhol Regino Martinez de Gonzales. Na década passada foi um dos pontos de encontro da minha turma, mas Regino teve um AVC e meses depois a padaria fechou. O imóvel foi adquirido por alguns estranjeiros que iniciaram uma reforma interrompida logo após e agora o imóvel encontra-se nesse estado lastimável, mas talvez a dupla que tudo pode, possa dar um jeito.

29 de Outubro de 2009 16:11



A partir de onde consigo me lembrar das coisas, salvo engano da minha parte, a história da família Taboaba começou ali . Me lembro que, quando eu era ainda criança, costumava ir até a pastelaria ou que nome tivesse na época, com o meu avô materno, somente para comprar salame (?!), algo difícil aqui em Salvador , nos fins dos anos 30 inicio dos 40 , do século passado , bem como outras mercadorias, também. Não tínhamos nada , porque não fabricávamos coisa alguma e tudo vinha de fora. Até a cebola vinha do Rio Grande do Sul, naqueles famosos caixões de madeira...O vinho, também procedente do RS, cuja marca era " Vencedor" , era vinagre puro !...

Me lembro que, nos fundos, havia umas mesas, uma meia dúzia , com a base em forma de tripé imitando troncos ou galhos de árvores píntados na cor verde. Os tampos das mesas , maravilha, eram de vidro grosso com uma tela de arame por dentro ( um tipo sanduiche ) para garantir , penso eu, que, se por acaso o vidro quebrasse , os estilhaços ficassem ficassem presos pela tela...

Me lembro perfeitamente bem de tais mesas porque foi algo que me ficou impresso e porque nunca mais vi mesas iguais...

Algo mais, me ficou na mente até hoje : a imagem do velho ( termo que uso aqui com carinho e respeito ) Taboada ! Quem disse que criança esquece ?

UM grande abraço para você e um belo dia para a família Talento.



Observação : os estrangeiros que adquiriram o imóvel onde pretendiam instalar uma pousada, realmente começaram os trabalhos, promovendo uma reforma, que começou pela parte interna, segundo informações. No entanto, como a grana que eles tinham estavam toda aplicada na Bolsa de N.Y. , com a crise financeira , aconteceu o que aconteceu... Agora, quem sabe o que vai acontecer ?

30.10.2009 Bartolo