A minha cidade - a cidade dos meus sonhos

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•                       Vista parcial da cidade dos meus sonhos  
• Em tempos que já vão longe na história , o mundo não era conhecido como hoje , não havia tecnologia e os meios disponíveis aos homens eram rudimentares e desprovidos de qualquer tecnologia . Ainda se navegava a remos e velas. Se aquela turma de, digamos, a pouco mais de 500 anos para trás acordasse hoje, certamente que morreria novamente por não entender patavina de nada , não acreditar no que estariam vendo.
• Enquanto nós viajamos , hoje , em aviões a jato voando em até 10 mil metros de altura em confortáveis poltronas e em navios de grande porte movidos a possantes motores , que enfrentam quase que qualquer tipo de mar e de tempestades, com todas as mordomias a bordo, com ar condicionado e até mesmo sorvendo um vinhozinho de boa casta e ou um uisquinho escocês , degustando um frango com arroz ou mesmo filé quentinho, que eles nunca conheceriam... Nem falar que já fomos à lua e que estamos no espaço fotografando estrelas e planetas... Pensariam, e com razão, que somos malucos !
• Naqueles velhos tempos , eles , achando que ainda havia muita terra desconhecida que precisavam ser descobertas, viajavam em embarcações frágeis e sem instrumentos de orientação, guiando-se apenas pelas estrelas e dependendo dos ventos que soprassem . Saíam numa aventura , em naus de madeira, pesadonas e lentas , para ver onde iriam dar e o que encontrariam pelos caminhos do mar. É preciso reconhecer que, ou eram malucos ou corajosos . Em ambos os casos, merecem todos eles os nossos respeitos. Os que descobriram alguma coisa e os que não acharam nada , mas tentaram.
• Os europeus precisavam expandir os seus domínios e encontrar novas riquesas ... Encontraram e acabaram por pilhar os povos descobertos , levando tudo o que puderam, inclusive os seus tesouros !
• E foi assim que, quém para um lado , quém para o outro, acabaram mesmo descobrindo novas terras . Teve um italiano, que descobriu a América ... Foram os chamados navegadores. Tem até uma estátua dele nessa cidade que ninguém sabe explicar quém a fez , como veio e porque está em praça pública. Mas o cara mereceu, onde quer que fosse, ter uma estátua sua, pelo que sofreu antes, durante e depois da descoberta...
• Um deles, foi um cidadão luzitano ,. que, quase por pura sorte, foi assim que aprendi na escola, devido a uma calmaria , praticamente à deriva , pois o vento não enfunava as velas das suas naus, foi parar numa terra até então desconhecida onde nada havia, a não ser florestas e os nativos. Por sorte, havia um bom lugar para fundear suas naus .
• Pensando que havia encontrado o caminho das Índias , que todos procuravam , chamou-os de índios e assim ficou sendo até hoje. A Índia era muito procurada por suas especiais pois a comida por aquelas bandas européias era insossa e com gosto de nada. Precisavam das especiais para melhorar o paladar , mas os caminhos para lá eram perigosos e difíceis...
• E foi assim que um dia uma esquadra , se arrastando como lesmas , sobre as águas do oceano , por falta de vento, chegou a um lugar de onde a primeira coisa que viram foi um monte. Claro que aquele monte seria batizado com o nome da festa do dia. Sem saber, os caras haviam descoberto um continente , que passou a pertencer a uma coroa européia . Por algum tempo, ficou esquecido, mas, depois de uns 50 anos resolveram colonizar e fundaram a primeira cidade , que gerou muitas histórias para contarem depois para os seus descendentes...
• Passaram-se muitos e muitos anos e, da primeira cidade , a colonização evoluiu para bairros inteiros , a cidade cresceu e hoje pode-se dizer que está super-populada. Com movimentação que já não cabe dentro dela.
• Mas, há um bairro que tem uma história em especial, conflitante não apenas com o passado , mas com as vontades dos moradores de agora. Enquanto ela, a cidade , tem um prefeito que teria a obrigação de zelar por toda ela , muita coisa está abandonada ao sol , à chuva e aos ventos ,
• sem os menores cuidados que uma capital com a quantidade que tem de habitantes atualmente, merece e, sobretudo, precisa.
• É assim que, esse espaço vazio , dá margem para que aconteçam intervenções não oficiais e até mesmo divergências de opiniões nem sempre salutares, como, digamos, se estivesse havendo uma disputa pelo poder no bairro , embora exista um prefeito para administrar toda a cidade , mas que está completamente ausente de tudo, de tudo mesmo !
• É lícito os cidadões colaborarem com a administração central , mas é obrigatório que esta funcione.
• Sarnelli,
• 09.maio, 2011
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